Curso nacional qualifica policiais do Espírito Santo
Marcus Vieira
Comunicação Sinpf- ES
Terminou nesta sexta-feira a 31ª edição do Curso de Técnicas Operacionais (CTO) da Academia Nacional de Polícia, realizado no Espírito Santo.
Foram 5 dias intensos de cursos realizados em período integral, divididos em módulos práticos e teóricos, que capacitaram os Policiais com novas técnicas aplicadas pela Polícia Federal. Os 46 alunos praticaram intensivamente abordagens pessoais em cenários de riscos à vida do policial, interceptação de veículos, sobrevivência, entrada em edificações e outros.
“Treinar pode ser o diferencial para sobreviver. O policial que não treina perde sua agilidade de pensar e reagir corretamente em situações de risco”, resumiu o instrutor da Academia, Vander Lessa (SR-RJ).
Instrutores Demetrius e Vander, das SR de MG e RJ
Com apoio logístico do Sinpf-ES, essa foi a primeira vez que o CTO foi realizado no Espírito Santo dentro do novo modelo ofertado aos policiais. As técnicas e o conteúdo do curso têm o objetivo de evitar acidentes em trabalho e evitar erros graves que ponham em risco a vida de terceiros durante as ações. A escrivã Karla Espicalsky foi surpreendida durante as aulas.
“Sempre há técnicas novas para se aprender e aprimorar. Eu pude revisitar também temas que eu já conhecia, o que é essencial. Você estar atento e preparado te protege de situações diárias até fora do trabalho”.
Cercado de colegas mais novos, o carioca Mauro Teixeira foi um dos policiais que se tornou exemplo para a turma. Aos 69 anos, com algumas décadas acumuladas dentro da corporação, ele estava aposentado, foi reintegrado em 2020, e não quer mais deixar de atuar. Entusiasmado, ele contou o quanto aprendeu em apenas uma semana.
“Nunca tinha feito um curso com um nível tão grande aprofundamento. Sou policial antigo, que sempre foi movido pelo impulso. Eu via algo e já queria agir, sem refletir e avaliar. Aqui eu aprendi que várias coisas que fiz podiam ter custado a minha vida”, disse.
PF Mauro Teixeira foi um dos alunos do curso
Entre os 10 instrutores desta edição quatro deles são capixabas: Aldemar, Caliari, Alvarenga e Fabrício. O PF Alvarenga é professor da Academia Nacional, mas atuou como professor do CTO pela primeira vez, auxiliando os colegas no aperfeiçoamento contínuo.
“Somente o treinamento vai levar o policial a um nível de excelência. Só com treino constante é que a corporação terá um grupo coeso, atuando em alto nível, independente do tempo que cada um está aqui”, comentou.
O vice-presidente do Sinpf-ES, Hélio Freitas, foi também aluno nesta edição e enfatizou a importância de cada um sair da sua zona de conforto e expor as suas carências de melhoria.
“Matricular-se nesse curso é um ato de humildade e ao mesmo tempo de coragem, para sairmos da zona de conforto, e assim mostrarmos o claro propósito de que devemos sempre melhorar.
Importante destacar que como parte da política de reprodução do conhecimento, a PF sempre reserva vagas para parceiros operadores de segurança pública. Assim, do grupo que se formou, cinco foram agentes das Guardas Municipais das cidades da Grande Vitória e um faz parte do Ministério Público do Trabalho.
O Sinpf-ES agradece a todos os parceiros que colaboraram na realização do 31º CTO e reforça o seu empenho em auxiliar sempre na melhoria de condições de trabalho para todos os que fazem parte da corporação.
Quatro instrutores capixabas atuaram no CTO 2023